domingo, 21 de dezembro de 2008

CAVALGAR, PURA LIBERDADE.

Férias lembra liberdade. Liberdade de horário, de compromisso, e por quê não liberdade a cavalo?

"Montar a cavalo como um índio, cavalgar confiantemente, as pernas soltas, efetuar um percurso sem sela ou simplesmente fazer um passeio descontraído, eis o que se chama integração perfeita entre cavalo e cavaleiro! Não é essa a melhor forma de sentir-se um centauro?... Quando a pele está em contato direto com a montaria, sentindo o calor do animal e seus músculos contraídos? E também que assento adquirem todos esses moleques que passam horas por semana montando sem sela... Como não se admirar diante da facilidade de absorver as sacudidas e vibrações que o animal transmite. Então se a montaria a pêlo forja o assento, desenvolve o equilíbrio e melhora a integração com o animal; o que se espera para fazer disso uma disciplina distinta? A ausência da sela assusta os cavaleiros?"
Revista Horse

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A PSICOLOGIA DO CAVALO

Livros muito bons. Li o um há uns dois anos atrás e agora adquiri o segundo. Fabuloso! O primeiro capítulo é finalizado com uma citação de d'Auvergne: "é fácil perceber que as falhas do cavalo provêm quase sempre da inexperiência do cavaleiro e que, por conseguinte, as lições deveriam se dirigir mais a ele do que ao animal". Isso o escritor coloca depois de falar das domas cruéis em contraposição com a indígena, que busca o entendimento e submissão pela afeição dos cavalos (medo + afeição = confiança) . E ainda, depois de falar que a resistência do animal muitas vezes é em razão de o homem buscar resultados além das forças dos nossos cúmplices, o que leva ao desconhedor dos animais a "corrigi-lo", gerando a má-índole do animal.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

SELA – MÃO DUPLA

No fluxo dos sentidos
"A história da sela e mais curta e menos polêmica do que a historia da embocadura. Os primeiros panos e couros colocados no lombo do animal serviam apenas para amaciar a equitação. O segundo estágio foi uma sela com uma 'armação' de madeira e equipada com algum tipo de estribo, que provavelmente tinha a utilidade primordial de ajudar o cavaleiro a subir no cavalo. A descoberta da estabilidade do cavaleiro, permitida pelo estribo, aconteceu mais tarde, As antigas selas militares e as atuais selas de trabalho têm, há mil anos, o mesmo desenho básico. Foram concebidas para serem 'cadeiras para se andar a cavalo'. As maiores inovações técnicas de história da sela estão acontecendo neste momento, com novas selas projetadas por computador para atender às exigências dos esportes modernos.
O problema mais grave que uma sela inadequada pode causar ao cavalo são feridas no lombo, o que é altamente indesejável, mas não deixa seqüelas funcionais vitalícias, como o mau uso da embocadura. Quando os freios e os bridões já estavam em uso, equitadores ainda montavam a pêlo e Xenofonte com o sarcasmo dos eruditos, comentou que "só os persas 'bundas mole' usam peles ou tapetes para amaciar a cavalgada. Eles forram mais o seu cavalo do que a sua cama, e preferem o conforto à segurança", criticava o famoso general.
Selas,com uma alma de madeira, já eram usadas na era cristã por chineses e sarmatas. Havia, em uso, um tipo de sela mais leve e outra mais pesada. A mais pesada deu origem às selas utilizadas pelos cavaleiros medievais, e estas, são as antecessoras das selas 'western' usadas, até hoje, na América do Norte.
O uso do estribo aparece entre os Citas 600 anos a.C., e tem forma de uma argola de couro amarrada à sela. A partir de 200 ou 300 anos antes de Cristo, e até 500 anos depois, um dispositivo tipo estribo espalhou-se do Mar Negro, até a índia e a China, evoluindo até se tomar um estribo de metal. Com a invenção do estribo, que permitia ao cavaleiro galopar com maior segurança e manejar armas - arcos, lanças, azagaias, espadas e sabres - a cavalaria T'ang ganhou um tremendo impulso no Oriente, e estendeu o seu controle a toda a China, da Manchúria a Sianking. Com o uso do estribo, a cavalaria Romana expandiu o seu Império à África, Oriente Médio, Europa Central, Oriental, Ocidental e Norte. O estribo chegou à Prússia e à Lituânia somente 800 anos depois de Cristo. E, depois, levou mais cem anos para se tomar comum nos outros países da Europa. (A nossa turma do cavalo, às vezes, custa a entender uma boa idéia).
As selas foram sempre divididas entre dois tipos: leves para as viagens e as cavalgadas e pesadas para o trabalho e a guerra. Na Idade Média, o cavaleiro ficava 'encaixado' dentro da sela, construída com cepilho e patilho altos para ajudar a resistir ao impacto dos 'choque de cavalaria'. As selas de trabalho, das quais; a ‘western' americana é um bom exemplo, são construídas para assessorar o cavaleiro nas suas tarefas diárias.
As antigas selas de viagem e de trabalho foram concebidas como cadeiras para o cavaleiro sentar-se no cavalo. Agora, isto tudo está mudando.
No ciclo esportivo do cavalo, que começa a entrar numa fase altamente desenvolvida, as novas gerações de selas são concebidas para os esportes. A sela inglesa, a mais desenvolvida desta categoria, é projetada para oferecer uma equitação baseada em equilíbrio e aderência. A sua concepção não é a de uma cadeira, mas sim de uma base de união que permite o deslocamento do centro de gravidade do cavaleiro e facilita a sua comunicação com o cavalo. Mas, como o ser humano é, ao mesmo tempo, conservador e novidadeiro, estas selas de esporte, e o comprimento dos loros, passaram por muitos estágios ditados por modas fugazes e até por puro exibicionismo, até que se entendesse a morfologia de loros e estribos.
A maior contribuição feita à equitação nos últimos 20 anos é a moderna sela inglesa do tipo spring-tree sadiále. Existem três tipos básicos de sela inglesa: para salto, dressage e uso geral. Estas selas colocam o cavaleiro numa posição favorável quanto à união dos centros de gravidade do conjunto. Ela é concebida para favorecer uma equitação de alta tecnologia e está sendo aprimorada com novos desenhos, novos materiais e novas técnicas de fabricação. As selas modernas são construídas para favorecer a fusão neurofisiológica do conjunto. No intenso tráfego dos sentidos entre o cavalo e o cavaleiro, que ocorre durante uma prova eqüestre, a sela desempenha a dupla função de estabilizar o cavaleiro e facilitar o livre fluxo dos sentidos, que trafegam em mão dupla entre ele e o cavalo, permitindo que sintam as vibrações musculares e alterações de equilíbrio um do outro. É um tipo de sela que permite ao conjunto atuar com grande sinergia de movimentos e interpretar, em décimos e centésimos de segundo a movimentação mútua. A sela moderna oferece uma melhor aderência das sua áreas de contato entre o dorso do cavalo e a parte interna de joelhos, coxas e assento. Isto é, além de dar melhor apoio às pernas, esta sela também posiciona o estribo no ponto ideal para o cavaleiro acompanhar a cadência do cavalo e se ajustar aos recuos e avanços do centro de gravidade que ocorrem durante a equitação. estribo é, na verdade, um dos pontos mais importante da sela moderna já que a tensão da equitação que é produzida entre os dois metais - a embocadura manejada com as mãos, e o estribo administrado com os pés - é o ponto da Arquimedes, que dá ao cavaleiro apoio exato para exercer a pressão adequada entre reunião e impulsão, contenção e libertação dos movimentos do cavalo.
Todos os grandes cavaleiros da atualidade concordam com, pelo menos, uma coisa: a base da ergometria da equitação é a posição do cavaleiro - posição milimetricamente correta para a manutenção precisa do equilíbrio durante a ação eqüestre - e, é justamente isto que as selas modernas estão preparadas para oferecer.
No ocidente, as selas foram inicialmente concebidas como cadeiras a partir das quais o cavaleiro, sentado, viajava, trabalhava ou participava de algum esporte. Hoje elas são fabricadas como uma importante via de comunicação que conecta o sistema sensório-motor do cavalo e do cavaleiro e facilita o contínuo deslocamento do cavaleiro aconivanhando o centro de gravidade do cavalo."

HORSE ILIMITADA ed. 45.
Por: Bjarke rink

O QUE APRENDI COM OS CAVALOS IV

Respeite a personalidade de cada um. Cada um tem seus jeitos, manias, medos e cuidados. Tente compreender o que pode ser ajustado, se não puder: respeite.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

DESASTRE EM SANTA CATARINA

As chuvas em Santa Catarina, deixou mortos e inúmeros desabrigados. Mas o pior ainda pode estar por vir, as doenças transmitidas nesses momentos: a Leptospirose já apresentou dez registros em humanos, hoje, dia 03.12.2008. A tendência deste número é aumentar.
Os animais também passaram por horrores (se alguém viu a cena de um rebanho de gado que tentava fugir das águas e que acabou preso nas cercas sabe do que estou falando) e também podem ser contaminados por esta doença. Portanto, os cuidados preventivos nos animais sempre devem ser realizados.
Informações sobre o caso de Santa Catarina, inclusive para ajuda, constam no site: http://www.desastre.sc.gov.br/.