domingo, 21 de dezembro de 2008

CAVALGAR, PURA LIBERDADE.

Férias lembra liberdade. Liberdade de horário, de compromisso, e por quê não liberdade a cavalo?

"Montar a cavalo como um índio, cavalgar confiantemente, as pernas soltas, efetuar um percurso sem sela ou simplesmente fazer um passeio descontraído, eis o que se chama integração perfeita entre cavalo e cavaleiro! Não é essa a melhor forma de sentir-se um centauro?... Quando a pele está em contato direto com a montaria, sentindo o calor do animal e seus músculos contraídos? E também que assento adquirem todos esses moleques que passam horas por semana montando sem sela... Como não se admirar diante da facilidade de absorver as sacudidas e vibrações que o animal transmite. Então se a montaria a pêlo forja o assento, desenvolve o equilíbrio e melhora a integração com o animal; o que se espera para fazer disso uma disciplina distinta? A ausência da sela assusta os cavaleiros?"
Revista Horse

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A PSICOLOGIA DO CAVALO

Livros muito bons. Li o um há uns dois anos atrás e agora adquiri o segundo. Fabuloso! O primeiro capítulo é finalizado com uma citação de d'Auvergne: "é fácil perceber que as falhas do cavalo provêm quase sempre da inexperiência do cavaleiro e que, por conseguinte, as lições deveriam se dirigir mais a ele do que ao animal". Isso o escritor coloca depois de falar das domas cruéis em contraposição com a indígena, que busca o entendimento e submissão pela afeição dos cavalos (medo + afeição = confiança) . E ainda, depois de falar que a resistência do animal muitas vezes é em razão de o homem buscar resultados além das forças dos nossos cúmplices, o que leva ao desconhedor dos animais a "corrigi-lo", gerando a má-índole do animal.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

SELA – MÃO DUPLA

No fluxo dos sentidos
"A história da sela e mais curta e menos polêmica do que a historia da embocadura. Os primeiros panos e couros colocados no lombo do animal serviam apenas para amaciar a equitação. O segundo estágio foi uma sela com uma 'armação' de madeira e equipada com algum tipo de estribo, que provavelmente tinha a utilidade primordial de ajudar o cavaleiro a subir no cavalo. A descoberta da estabilidade do cavaleiro, permitida pelo estribo, aconteceu mais tarde, As antigas selas militares e as atuais selas de trabalho têm, há mil anos, o mesmo desenho básico. Foram concebidas para serem 'cadeiras para se andar a cavalo'. As maiores inovações técnicas de história da sela estão acontecendo neste momento, com novas selas projetadas por computador para atender às exigências dos esportes modernos.
O problema mais grave que uma sela inadequada pode causar ao cavalo são feridas no lombo, o que é altamente indesejável, mas não deixa seqüelas funcionais vitalícias, como o mau uso da embocadura. Quando os freios e os bridões já estavam em uso, equitadores ainda montavam a pêlo e Xenofonte com o sarcasmo dos eruditos, comentou que "só os persas 'bundas mole' usam peles ou tapetes para amaciar a cavalgada. Eles forram mais o seu cavalo do que a sua cama, e preferem o conforto à segurança", criticava o famoso general.
Selas,com uma alma de madeira, já eram usadas na era cristã por chineses e sarmatas. Havia, em uso, um tipo de sela mais leve e outra mais pesada. A mais pesada deu origem às selas utilizadas pelos cavaleiros medievais, e estas, são as antecessoras das selas 'western' usadas, até hoje, na América do Norte.
O uso do estribo aparece entre os Citas 600 anos a.C., e tem forma de uma argola de couro amarrada à sela. A partir de 200 ou 300 anos antes de Cristo, e até 500 anos depois, um dispositivo tipo estribo espalhou-se do Mar Negro, até a índia e a China, evoluindo até se tomar um estribo de metal. Com a invenção do estribo, que permitia ao cavaleiro galopar com maior segurança e manejar armas - arcos, lanças, azagaias, espadas e sabres - a cavalaria T'ang ganhou um tremendo impulso no Oriente, e estendeu o seu controle a toda a China, da Manchúria a Sianking. Com o uso do estribo, a cavalaria Romana expandiu o seu Império à África, Oriente Médio, Europa Central, Oriental, Ocidental e Norte. O estribo chegou à Prússia e à Lituânia somente 800 anos depois de Cristo. E, depois, levou mais cem anos para se tomar comum nos outros países da Europa. (A nossa turma do cavalo, às vezes, custa a entender uma boa idéia).
As selas foram sempre divididas entre dois tipos: leves para as viagens e as cavalgadas e pesadas para o trabalho e a guerra. Na Idade Média, o cavaleiro ficava 'encaixado' dentro da sela, construída com cepilho e patilho altos para ajudar a resistir ao impacto dos 'choque de cavalaria'. As selas de trabalho, das quais; a ‘western' americana é um bom exemplo, são construídas para assessorar o cavaleiro nas suas tarefas diárias.
As antigas selas de viagem e de trabalho foram concebidas como cadeiras para o cavaleiro sentar-se no cavalo. Agora, isto tudo está mudando.
No ciclo esportivo do cavalo, que começa a entrar numa fase altamente desenvolvida, as novas gerações de selas são concebidas para os esportes. A sela inglesa, a mais desenvolvida desta categoria, é projetada para oferecer uma equitação baseada em equilíbrio e aderência. A sua concepção não é a de uma cadeira, mas sim de uma base de união que permite o deslocamento do centro de gravidade do cavaleiro e facilita a sua comunicação com o cavalo. Mas, como o ser humano é, ao mesmo tempo, conservador e novidadeiro, estas selas de esporte, e o comprimento dos loros, passaram por muitos estágios ditados por modas fugazes e até por puro exibicionismo, até que se entendesse a morfologia de loros e estribos.
A maior contribuição feita à equitação nos últimos 20 anos é a moderna sela inglesa do tipo spring-tree sadiále. Existem três tipos básicos de sela inglesa: para salto, dressage e uso geral. Estas selas colocam o cavaleiro numa posição favorável quanto à união dos centros de gravidade do conjunto. Ela é concebida para favorecer uma equitação de alta tecnologia e está sendo aprimorada com novos desenhos, novos materiais e novas técnicas de fabricação. As selas modernas são construídas para favorecer a fusão neurofisiológica do conjunto. No intenso tráfego dos sentidos entre o cavalo e o cavaleiro, que ocorre durante uma prova eqüestre, a sela desempenha a dupla função de estabilizar o cavaleiro e facilitar o livre fluxo dos sentidos, que trafegam em mão dupla entre ele e o cavalo, permitindo que sintam as vibrações musculares e alterações de equilíbrio um do outro. É um tipo de sela que permite ao conjunto atuar com grande sinergia de movimentos e interpretar, em décimos e centésimos de segundo a movimentação mútua. A sela moderna oferece uma melhor aderência das sua áreas de contato entre o dorso do cavalo e a parte interna de joelhos, coxas e assento. Isto é, além de dar melhor apoio às pernas, esta sela também posiciona o estribo no ponto ideal para o cavaleiro acompanhar a cadência do cavalo e se ajustar aos recuos e avanços do centro de gravidade que ocorrem durante a equitação. estribo é, na verdade, um dos pontos mais importante da sela moderna já que a tensão da equitação que é produzida entre os dois metais - a embocadura manejada com as mãos, e o estribo administrado com os pés - é o ponto da Arquimedes, que dá ao cavaleiro apoio exato para exercer a pressão adequada entre reunião e impulsão, contenção e libertação dos movimentos do cavalo.
Todos os grandes cavaleiros da atualidade concordam com, pelo menos, uma coisa: a base da ergometria da equitação é a posição do cavaleiro - posição milimetricamente correta para a manutenção precisa do equilíbrio durante a ação eqüestre - e, é justamente isto que as selas modernas estão preparadas para oferecer.
No ocidente, as selas foram inicialmente concebidas como cadeiras a partir das quais o cavaleiro, sentado, viajava, trabalhava ou participava de algum esporte. Hoje elas são fabricadas como uma importante via de comunicação que conecta o sistema sensório-motor do cavalo e do cavaleiro e facilita o contínuo deslocamento do cavaleiro aconivanhando o centro de gravidade do cavalo."

HORSE ILIMITADA ed. 45.
Por: Bjarke rink

O QUE APRENDI COM OS CAVALOS IV

Respeite a personalidade de cada um. Cada um tem seus jeitos, manias, medos e cuidados. Tente compreender o que pode ser ajustado, se não puder: respeite.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

DESASTRE EM SANTA CATARINA

As chuvas em Santa Catarina, deixou mortos e inúmeros desabrigados. Mas o pior ainda pode estar por vir, as doenças transmitidas nesses momentos: a Leptospirose já apresentou dez registros em humanos, hoje, dia 03.12.2008. A tendência deste número é aumentar.
Os animais também passaram por horrores (se alguém viu a cena de um rebanho de gado que tentava fugir das águas e que acabou preso nas cercas sabe do que estou falando) e também podem ser contaminados por esta doença. Portanto, os cuidados preventivos nos animais sempre devem ser realizados.
Informações sobre o caso de Santa Catarina, inclusive para ajuda, constam no site: http://www.desastre.sc.gov.br/.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

SALTO E O PONTO CEGO

Se nunca parou para pensar o porquê buscar a distância ideal, um dos motivos é o ponto cego, ou seja, diante do obstáculo, o animal é incapaz de vê-lo, portanto é preciso estar bem colocado até mesmo para ele poder calcular o momento da batida. O trecho da reportagem abaixo esclarece isto:

"A implantação do globo ocular na caixa craniana, ocorre em disposição oblíqua / lateral - o que permite ao cavalo enxergar duas imagens diferentes ao mesmo tempo, uma de cada lado do seu corpo, a não ser quando ambos os olhos convergem para frente. Quando isso ocorre, ele não enxerga o que está ao seu lado. Outra característica especial na visão dos eqüídeos, é a capacidade de movimentar um olho, independentemente do outro.
(...)
Os eqüídeos possuem ainda o que é chamado de "ponto-cego": quando o cavalo está a quatro pés do obstáculo, ele não o enxerga mais, e é nesse momento que pode ocorrer o refugo."
Ed. 62 da Revista Horse.

sábado, 22 de novembro de 2008

Fico mais intrigada ainda em saber que o Ivan Camargo também vê esse tipo de coisa. Fica a reflexão...

"Assim como as pessoas, os cavalos precisam além de treinamento adequado, amadurecimento físico e emocional para progredirem como atletas.
É revoltante o que vejo acontecer com muita freqüência a jovens cavalos, sendo submetidos a esforços físicos não compatíveis com seu preparo."
Por Ivan Camargo para a revista Horse, edição 87.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Justiça e bom senso

Estranho um tópico deste em um blog sobre hipismo, mas por que não falarmos um pouco sobre como a Justiça vê nossas cúmplices. O caso a seguir relatado eu extrai e traduzi livremente da revista italiana: I nostri amici cavalli, de agosto de 2008, ai vai ele:
"Da Sicília vem um caso particularmente interessante que resguarda os direitos do nosso amigo cavalo e, em geral, a salvaguarda dos animais. Tudo originou-se quando, acudindo um urgente caso de cólica, o veterinário Pietro Arena violou o art. 142 parágrafo 8 do Código da Estrada (excesso de velocidade) e recebeu a sanção. Apresentado o recurso, reinvindicando "estado de necessidade", ou seja, salvar a vida de um animal. Porém conforme as normas, o "estado de necessidade" resguarda exclusivamente o perigo de morte de um ser humano. O bom senso e a justiça levaram a melhor, o juiz acatou as razões do médico e cancelou a sanção. Um pequeno grande exemplo de tutela dos animais, no qual, ao menos uma vez, reconheceu a eles a nossa mesma dignidade e o mesmo direito de receber socorro".

domingo, 16 de novembro de 2008

Mãos travadas são mãos insensíveis!

"(...)A boca do cavalo é uma de suas partes mais sensíveis. Em conjunto com a ajuda de pernas e assento, as mãos do cavaleiro indicam o caminho que o animal irá seguir, além de controlar a sua velocidade. Cabe às mãos do cavaleiro, pela ação das rédeas, a responsabilidade de transmitir com clareza e precisão essas instruções.

O que é preciso saber é que as rédeas não foram feitas para "segurar" o cavalo e sim para conduzi-lo. (...) Dessa forma, somente as mãos sábias do cavaleiro é que farão com que ele perceba o instante de utilizar urna ou outra maneira. Somente através da rápida compreensão pelas mãos do cavaleiro, o animal transmitirá as sensações que estão sendo passadas. Assim, o cavalo se tornará descontraído, atento e obediente. Independente da modalidade que você executa, seja hipismo clássico, western, enduro ou mesmo um passeio. a pressão que suas mãos exercem nas rédeas irão influenciar diretamente na boca do animal.
(...)
Como bom cavaleiro, você deverá movimentar os cotovelos para frente e para trás, mantendo o mesmo comprimento das duas rédeas e acompanhando o ritmo do cavalo.
(...)
As mãos são a chave da boa comunicação entre você e o seu cavalo. Se não souber "ouvir" o que dizem e não colocar em prática todo esse poder de aproximação, não haverá conversa!"
Por Silvana Lima, retirado da Revista Horse, ed. 12.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

MODALIDADES EQÜESTRES

Há diversas modalidades praticadas com cavalo. As olímpicas são: o CCE (envolve uma prova tipo enduro, adestramento e salto), o adestramento (constantemente confundido com a doma, o adestramento é uma modalidade na qual o animal deve realizar certos movimentos com o sutil comando do cavaleiro) e o salto de obstáculos.
Fora das olimpíadas há o volteio (que parece uma ginástica olímpica), o tambor e baliza (no qual o animal deve desviar destes instrumentos), as cavalgadas (que são deliciosos passeios), o enduro (na qual deve-se cobrir uma longa distância no menor tempo possível), a atrelagem (sim, é um esporte com carruagem que tem três divisões: o adestramento, no qual se avalia a estética e movimentos, a maratona, que se avalia a preparação e resistência dos animais e, por fim, a maneabilidade, na qual há obstáculos colocados e que devem ser desviados, observando-se a obediência do animal), a alta escola (que exige diversos e complexos movimentos do cavalo, sobre o dorso ou não), as corridas, a equitação de trabalho (na qual o Brasil já foi campeão. A prova consiste em situações do dia a dia de uma fazenda), a vaquejada (criada no Brasil, surgiu da lida do gado com cavalos, a fim de conter os bois até para aplicação de tratamento) e há ainda outras tantas modalidades.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Salto - uma posição recente

"Até o final do século XIX, os cavaleiros que praticavam salto de obstáculos eram aconselhados a calçar os estribos, pressionar o cavalos entre as pernas e projetar a parte superior do corpo para trás, ao mesmo tempo em que deixavam as rédeas mais soltas para liberar o pescoço do cavalo. Ultrapassar vários obstáculos sucessivos era muito difícil desse jeito. Foi então que os oficiais italianos propuseram um modo diferente de saltar, cujo princípio foi estabelecido pelo capitão Caprilli em 1896, e depois desenvolvido pelo coronel francês Danloux, que também concebeu uma sela mais adequada para o salto de obstáculos".
Retirado do livro Larousse dos cavalos

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Divagações

Um dia perguntei para um profissional bastante respeitado no meio hípico catarinense por que os cavalos permaneciam embaiados. Não lembro desta mesma pessoa ter me dado respostas tão vagas. E a bem da verdade, tomei por hábito fazer esta pergunta para diversas pessoas e freqüentemente a mim mesma. Exceto a facilidade de manuseio e limpeza dos animais, ninguém me convenceu de ser um hábito saudável para nossos cúmplices. A bem da verdade, já conheci diversos cavalos com vícios de baia, mas nenhum com vício de piquete, de pasto. Ok! Há o risco de se machucarem, mas nunca vi pais trancafiarem seus filhos em jaulas porque pudessem se quebrar.Mais me parece que estão se criando cavalos hiper sensíveis, afinal, a natureza destes seres é viver em grandes descampados. Cavalos que perdem os pêlos quando ficam no relento, alérgicos, gastríticos, desequilibrados etc são reações da modificação que nós empreendemos sobre eles.Quem souber me responder a questão, por favor, comente, mas não me venha falar de facilidades para humanos, quero saber a bem da verdade, qual é a vantagem para os animais.

PREPARAÇÃO MENTAL DO CAVALEIRO II

"Falta de tempo é uma razão comum dada para não se preparar mentalmente. Cavaleiro e instrutor certamente estão consumindo tempo, mas contanto que você esteja preparado para acreditar que suas habilidades mentais podem ser efetivas, você e seu professor terão o tempo para praticá-las. Por exemplo, gastar tempo organizando a baia pode ser usado produtivamente para praticar técnicas de concentração, pensamento positivo, percepção e outros exercícios. Em um exterior há muito tempo para analisar com calma seus progressos e escolher seus treinos prioritários."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

BONS TRATOS!

"Além de muito sensíveis, os cavalos apresentam uma capacidade de assimilação que, até agora, não sabemos o real limite. Por isso, cada vez que pedimos a um cavalo para fazer algo, como por exemplo, permanecer quieto enquanto montamos, devemos pensar no quanto ele contribuiu para aceitar os ensinamentos que lhe foram impostos. Na grande maioria dos casos de animais obedientes, aparece um bom domador, paciente e respeitador, que passou segurança para o cavalo durante o convívio. Um cavalo mais confiante e tranqüilo, que é ajudado pelo seu proprietário e treinador, não relutará aos comandos solicitados. Já um animal que é obrigado a conviver com insegurança e despreparo, refletirá irritação e constante desorientação.
(...)

Tanto física como psicologicamente, o cavalo possui necessidades iguais às de qualquer ser vivo. Dessa forma não é difícil entender do que ele precisa. O certo e o errado são bem definidos. Basta um pouco de observação e bom senso."
Retirado da Revista Horse 10 edição.

SIMPLESMENTE DISPENSA QUALQUER COMENTÁRIO!

"
FRUTOS DA LIBERDADE
Aloísio da Rocha Leão
Estávamos conversando com meu amigo Guilherme e seus filhos, quando alguém veio me avisar de uma telefonada do haras: uma égua havia morrido. Já tinha vinte anos e pastava no piquete dos inativos. Logo um dos meus filhos começou a chorar. O Guilherme num comentário curto, mas carregado de subentendidos, lascou: "Por que ter égua, não é? Minha nora, sempre muito rápida no gatilho, respondeu aquilo que eu levaria um dia para ter a idéia: "E por que ter filhos!?"
Bem, aí a coisa vai longe. Sobre "Por que ter filhos" já não é matéria de HORSE BUSINESS. Talvez fosse da revista PAIS E FILHOS!
Agora, sobre porque ter éguas, porque ter cavalos, porque ter potros, eu poderia tentar, mais o certo seria começar a escrever um livro. Em 10 volumes!
Os cavalos, como os cachorros e os gatos, estão no último estágio da evolução animal. Já conviveram com o homem muito de perto, entendendo-se mutuamente. São nossos amigos íntimos. Relações de amizade que já carrearam milhões de emoções.
Ter cavalos é conviver de perto com os campos, com o calor ardido do sol, com a sombra quieta de uma árvore, com o aroma que o orvalho traz quando respinga das ramagens. Nos une mais com nossos filhos, com nossos pais. E descobrir mil sons: das águas entre as pedras, da ventania entre as folhas das palmeiras, dos cascos batendo no solo duro, dos latidos de longe, dos gritos agudos da siriema e da falação animada das tirivas. Os caipiras até comentam: "As tiriva disgraçô a tagarelá!".
E sentir a vertigem de uma corrida, rédea firme entre os dedos, pontas das botas nos estribos, o limite do perigo num salto, perceber que o cavalo está te testando e que sente prazer em correr, porque nasceu para isso!
É conviver com gramado de uma pista, com o cheiro do mato, da fumaça; com cheiro que sobe da terra molhada. Conviver com o vôo descompromissado de uma borboleta, um cachorro que vem correndo atrás, com o gato com o focinho manchado da cocheira e também com as gozações dos cavalariços enquanto afivelam os loros e prendem os látegos. Fique observando: no primeiro tempo dá um aperto na barrigueira, espera um pouquinho, e quando o cavalo não pode manter o ar, dá um segundo aperto. Não há tatu que agüente!
E acompanhar uma jovem égua dando cria, desde o momento que ela começa a afocinhar os flancos até ver o potrinho cambeteando para começar a andar. Conviver com a neblina, com as flores campestres, com o pôr do sol, que é o maior espetáculo da terra, com a natureza esfuziante... com a vida!"
Retirada da primeira revista Horse de 1992.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O QUE APRENDI COM OS CAVALOS III

"Cumplicidade é um instante no qual a sintonia entre dois seres é tal que os gestos dispensam palavras".
Os cavalos agem por imitação, perceba quando estiveres andando lado a lado com eles como eles levam a mão direita quando tu levas o pé direito, a mão esquerda com o pé esquerdo, em alguns momentos chega ao ponto de quando levantares a cabeça eles fazerem o mesmo.
Aproveite isto para aumentar a cumplicidade entre você e o cavalo. E fique esperto: se ele não te ver como cúmplice parceiro, não será você que ele vai seguir e pode haver um pequeno problema se ele resolver acompanhar um cavalo em disparada.

PREPARAÇÃO MENTAL DO CAVALEIRO II

"Se você quer ser um cavaleiro bem sucedido, melhorar sua habilidade mental é tão importante quanto desenvolver suas habilidades físicas. Preparação mental ajudará você a evitar desorganização no seu treino ou baixa performance na sua expectativa na competição. Isto também capacita sua subordinação a grandes proporções de seu poder mental.

(...)
Atletas de elite de muitos esportes continuamente dão ênfase a parte que prepara mentalmente jogadores para conseguirem atingir o sucesso: a necessidade de ser suficientemente disciplinado, motivado, confiante, calmo e organizado são cruciais."



Abro um parêntese: disciplina, motivação, confiança, calma e organização requerem conhecimento (e busca constante por ele) sobre cavalos e cavaleiros.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

PREPARAÇÃO MENTAL DO CAVALEIRO

Segue algumas dicas sobre a preparação mental do cavaleiro que foram tiradas do livro Complete Horse Riding Manual de William Micklem, de tradução livre de Juliana Friedrich Faraj.
"Nos esportes eqüestres, onde o cavalo faz a maioria do trabalho físico, é na atitude mental que se define o limite do cavaleiro. Todos cavaleiros – dos novos até a elite – podem melhorar grandemente suas performances alterando suas atitudes mentais.
Com este estudo, você irá aprender modos práticos para se preparar para competições, usando técnicas tais como visualização e controle respiratório. Você poderá também aprender a se concentrar no que motiva você, e a identificar seus objetivos a longo prazo, deste modo você pode determinar suas metas e organizar seu tempo de acordo. Sucesso vem quando se é positivo e abrindo a cabeça, mas também significa manter coisas na perspectiva, dando-se bem com as pessoas e, acima de tudo, apreciando-se."

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O QUE APRENDI COM OS CAVALOS II

"Se você ficar irritada, eu fico irritado,
se você for carinhosa, eu serei carinhoso,
se você errar, não espere meu acerto,
o mundo é o seu espelho".

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Montar do lado direito não é errado!!

"A provável origem pela qual o lado certo de se montar é o lado esquerdo do cavalo vem dos tempos dos cavaleiros medievais. Naquela época todos os cavaleiros usavam espadas e carregavam elas do lado esquerdo do corpo. Para evitar acidentes na hora de montar, colocava-se o pé esquerdo no estribo e passava a perna direita por cima da sela sem que a espada machucasse o cavalo.A forma mais tradicional e clássica de se montar vem da cavalaria inglesa e, por isso, montar do lado esquerdo do cavalo se tornou um hábito que pode ser muitas vezes mal-interpretado. O ideal é que um cavalo seja treinado para aceitar ser montado de ambos os lados. Este é um procedimento que o cavalo aceitará facilmente. É também uma forma de manter a boa flexibilidade do cavaleiro"
Retirada da revista horsebusiness de julho de 2007

domingo, 26 de outubro de 2008

O QUE APRENDI COM OS CAVALOS

Com estes animais doces, imponentes e majestosos (como os qualifica uma música) aprendemos muito.
E postarei freqüentemente, o que aprendi com os cavalos, iniciando:
"Primeiro firme o solo, depois dê os primeiros passos".

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Bem-vindos ao Brasil Hípico

Que tal integrarmos a comunidade hípica brasileira?
É uma proposta difícil, mas só um apaixonado por cavalos consegue compreender essa nossa paixão também.
Portanto, se fores um desses casos já tidos como perdidamente apaixonados por este maravilhoso animal, acompanhe o Blog regularmente.
E sinta-se a vontade para postar novidades, informações, matérias etc. Tudo que possa agregar ao esporte e aos nossos amores.